BÊNÇÃO DO TABERNÁCULO EUCARÍSTICO
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O tabernáculo para conservação da Eucaristia lembra-nos duas coisas: a presença do Senhor, que deriva do sacrifício da missa e os irmãos, que devemos abraçar com o amor de Cristo. Com efeito, a Igreja, administrando os mistérios que lhe foram confiados por Cristo Senhor, originariamente conservou a Eucaristia para benefício dos enfermos e agonizantes.
Este alimente celeste, guardado nos sacrários das igrejas, começou a ser objeto da adoração dos fiéis.
RITO DA BÊNÇÃO
O rito desta bênção está associado com a celebração da missa. Nesta, convém escolher, mantidos certos elementos, as leituras e orações das missas da Santíssima Eucaristia. Na homilia, depois da explicação da Palavra de Deus, se deverá sempre, de alguma maneira, esclarecer aos fiéis a significação deste rito.
Terminada a oração comum, o celebrante, próximo ao tabernáculo que vai benzer, voltado para a assembleia, convida os fiéis a Oração, dizendo:
Pres.: Oremos.
E, se for oportuno, todos oram em silêncio, por algum tempo. O sacerdote profere a oração da bênção, dizendo:
Senhor, Pai santo, que destes aos homens o verdadeiro pão do céu, dignai-vos lançar a bênção sobre nós e sobre este tabernáculo, preparado para guardar o sacramento do Corpo e Sangue do vosso Filho, a fim de que nós, adorando o Cristo aqui presente, sejam sempre levados a unir-nos ao mistério de sua redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
O celebrante coloca incenso e passa a incensar o tabernáculo.
A Missa prossegue normalmente, mas, depois da Comunhão, deixa-se a píxide com o sacramento sobre a mesa do altar. Neste momento, se for o bispo que profere a Oração Pós-Comunhão, deixa-se o solidéu fora de sua cabeça.
Dita a Oração depois da Comunhão levando-se em conta as circunstâncias do lugar e da celebração, pode-se organizar, como de costume, uma procissão pela Igreja até a capela, ou o lugar onde se encontra o tabernáculo.
Durante a procissão, canta-se um canto apropriado para o momento de adoração.
Quando a procissão chega ao tabernáculo, o celebrante depõe no mesmo a píxide, deixando aberta a porta. Põe incenso e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento. Depois de um espaço de tempo conveniente, em que todos oram em silêncio, facha-se a porta do tabernáculo.
Então, não havendo dificuldade, o diácono, se estiver presente, ou o próprio celebrante, se for oportuno, diz o convite, com estas palavras ou outras semelhantes:
℣.: Inclinai-vos para receber a bênção.
O celebrante, de mãos estendidas sobre o povo, o abençoa, dizendo:
Pres.: Deus onipotente e cheio de misericórdia, cujo Filho foi, na terra, um templo vivo e verdadeiro, vos abençoe e santifique pelo mistério da morte e ressurreição do mesmo Cristo, que vós recordais e adorais.
℟.: Amém.
Pres.: Cristo, que subiu visivelmente ao céu, para preparar-nos um lugar na casa do Pai, e aqui se acha presente, invisível, no sacramento, para estender a graça do seu sacrifício, digne-se ajudar-vos sempre e confortar-vos.
℟.: Amém.
Pres.: E para todos vós que vos reunistes, para aqui piedosamente meditar sobre a salvação, seja o Senhor nosso, presente na Eucaristia, a fonte inesgotável de água viva, que jorra para a vida eterna.
℟.: Amém.
Pres.: E a bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre.
℟.: Amém.
O diácono, se houver, ou o próprio celebrante, despede o povo como de costume.